Depois de assistirmos a vários momentos Lehman Brothers no ecossistema cripto, e de presenciarmos uma volatilidade gigantesca durante o ano de 2022, assistimos a uma chuva de críticas por parte de todos os quadrantes académicos, com especial ênfase para aquelas que vêm dos ditos pináculos da nossa sociedade ou da dita elite académica económica. Visto que o Bitcoin ainda é uma criança a entrar na adolescência, este ainda não conseguiu criar o seu guarda-chuva de robustez para escapar com uma ligeira molhadela a esta chuvada de maledicências. Nesse mesmo ano, foi a vez do BCE declarar mais uma certidão de óbito à ténue e antifrágil vida da Bitcoin, ainda que estivesse mais vivo do que nunca. Mais recentemente no ano de 2024, o BCE publicou um novo artigo, espelhando a ideia de que a aprovação do ETF de Bitcoin não altera em nada a legitimidade de Bitcoin enquanto dinheiro alternativo às moedas fiduciárias. Uma vez que o projecto europeu nunca esteve tão em causa, confesso que esta atitude por parte de Frankfurt faz-me lembrar o conceito de projecção freudiana, onde o ego de um sujeito protege-se através da negação de todas as suas deficiências e inseguranças, projectando-as noutros sujeitos com o objectivo de final reduzir a sua ansiedade.
No meio de todos estes desenvolvimentos, toda a euforia que assistimos no passado neste wild west financeiro, aparenta ter desaparecido, pelo menos de momento. A chama associada ao FOMO (Fear Of Missing Out – medo de ficar de fora) dos potenciais ganhos desmedidos instantâneos aparenta também aparenta ter sido apagada. Sendo este o caso, acho que não haverá melhor altura do que a presenciamos actualmente para separar o sinal do barulho, ou como se diz em bom português, o trigo do joio, escrevendo pela primeira vez umas palavras mais detalhadas sobre Bitcoin e tudo aquilo que ele representa. A maioria das pessoas tem a ideia de que se trata de uma moeda semelhante a todas as outras, com a ligeira nuance de que tem uma componente digital e de que é utilizada por traficantes de droga para proliferarem o seu negócio ilegal. Nada mais errado. Estamos a falar daquele que é provavelmente o maior avanço tecnológico dos últimos tempos a par da inteligência artificial, estando ao nível de descobertas revolucionárias para a humanidade como o fogo e a roda. É impossível explicar num artigo com menos de três mil palavras porquê, porém, o que proponho hoje é olharmos para as várias pistas que Satoshi nos deixou relativamente ao seu verdadeiro propósito, quando descobriu aquilo que conhecemos hoje como Bitcoin, para que tenhamos uma ideia mais concreta dos problemas que este se propõe a resolver.
Skin in the game (alinhar incentivos para acabar com injustiças económicas)
3 de Janeiro de 2009. Menos de 4 meses depois do colapso do tubarão financeiro Lehman Brothers, o primeiro bloco da cadeia de transacções foi minerado por Satoshi. Nascia assim um novo organismo no ciberespaço, cujo coração palpita em média de 10 em 10 minutos, cimentando verdades incorruptíveis, protegidas por uma camada cada vez mais profunda de energia e de trabalho. Nesse mesmo bloco encontramos um recado imutável de Satoshi para o mundo:
“The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks”.
A mensagem é clara e inequívoca. Na ressaca daquela que foi a crise económica e financeira de maior gravidade desde a grande depressão de 1929, onde os cidadãos comuns perderam as suas casas e os seus empregos, Satoshi fez questão de mostrar um dedo do meio bem gordo a um sistema financeiro onde o Zé Povinho é chamado a pagar de forma sistemática o preço de todas as irresponsabilidades e riscos desmedidos acumulados pelo sistema bancário, que não sofre o mais pequeno dos arranhões no que diz respeito às consequências das suas ações. A famosa “Bob Rubin Trade” popularizada por Nassim Taleb no seu livro Antifragile: Things That Gain from Disorder, ilustra de forma perfeita o que Nakamoto pretendeu erradicar de vez da face da Terra.
“For instance, bank blowups came in 2008 because of the hidden risks in the system: bankers could make steady bonuses from a certain class of concealed explosive risks, use academic risk models that don’t work (because academics know practically nothing about risk), then invoke uncertainty after a blowup, some unseen and unforecastable Black Swan, and keep past bonuses, what I have called the Bob Rubin trade. Robert Rubin collected one hundred million dollar in bonuses from Citibank, but when the latter was rescued by the taxpayer, he didn’t write any check.”
No fundo o que os bancos têm em mão é uma espécie de cartada onde se sair cara, os seus cofres ficam mais recheados, enquanto se sair coroa, o contribuinte assumirá as perdas, pois são “Too Big to Fail”. Para a malta dos mercados, é como se não tivéssemos de pagar qualquer prémio para deter uma put que oferece total protecção sobre o nosso portfólio. Naturalmente que esta situação é completamente insustentável, seja em finanças, seja em qualquer outra área da sociedade. Se não respondermos pelas consequências dos nossos actos, não teremos a devida preocupação com o resultado das nossas acções, acabando por incorrer em níveis de risco que jamais assumiríamos se formos nós a pagar o preço de as coisas irem para o torto. Foi isto que Robert Rubin fez durante anos antes da grande crise financeira de 07–08 enquanto do CEO do banco Citigroup. Para potenciar lucros, o banco foi acumulando uma série de riscos que até 2008 se mostraram bastante lucrativos. Quando o banco explodiu devido à sua exposição completamente nua de qualquer métrica de gestão de risco com bom senso, o contribuinte foi chamado a pagar a factura. Privatização dos lucros, socialização das perdas. É isto que apelidamos de capitalismo?! Chamando novamente Nicholas Taleb à conversa:
“Um sistema que não possua um mecanismo de skin in the game acabará por explodir e consertar-se dessa mesma forma.”
Os nossos antepassados estavam bem conscientes de que uma sociedade sem skin in the game era a receita certa para o desastre. A lei 229 do código de Hammurabi, compilado há 3750 anos atrás no antigo império babilónico, refere que se uma casa colapsasse e provocasse a morte do seu dono, o seu construtor deveria ser condenado à morte. Na Catalunha medieval, se os bancos entrassem em bancarrota, os banqueiros eram humilhados em praça pública, recebendo apenas pão e água até que saldassem as suas dívidas. Se passado um ano, a dívida não estivesse saldada na sua totalidade, os seus bens vendidos eram confiscados, sendo vendidos de seguida para reembolsar os credores. No meio deste processo, eram decapitados. Eram tempos de literalmente perder a cabeça.
Se vasculharmos a nossa história, facilmente encontramos mais exemplos da importância de ter skin in the game, de modo a alinhar os interesses de todos os envolvidos numa determinada actividade. Se um responsável político de um país (regra geral um rei) decidisse iniciar um conflito bélico, ele era o primeiro na linha da frente. Se o rei esbanjasse dinheiro de forma perdulária, o estado entraria em bancarrota, e o futuro da família real estaria hipotecado. Actualmente somos lisonjeados com burocratas que despoletam guerras ruinosas em todas as vertentes, atirando milhões de vidas para a sua morte certa, no conforto dos seus ostentosos gabinetes, esbanjando o dinheiro público sem qualquer tipo de consequências. (são os políticos que não pagam o preço, o zé povinho estará sempre cá para pagar o preço das asneiras) Não é preciso ser doutorado em economia para perceber que nestas situações, os impostos dos contribuintes nunca serão geridos com o melhor dos rigores. Enquanto existir uma máquina impressora e a possibilidade de contrair dívida para o futuro sem uma verdadeira restrição, haverá sempre liquidez disponível para construir autoestradas para as moscas, pagar mais de 100 mil euros uma pessoa para preparar uma festa com dois anos de antecedência e claro, para despejar dinheiro em empresas zombie.
Cá em Portugal, estamos (infelizmente) bem habituados a ser chamados a pagar o preço das brincadeiras de banqueiros e demais camaradas. Se considerarmos a estrutura completamente enviesada de incentivos no sistema bancário mencionada no parágrafo anterior, por cima de um sistema onde os bancos emprestam dinheiro que não têm, não tendo reservas suficientes para garantir todos os depósitos dos seus clientes, complementada por uma overdose de endividamento onde dívida é o apelido de todas os indivíduos, famílias, governos e empresas, atrevo-me a fazer um exercício de futurologia dizendo que é apenas uma questão de tempo até termos uma nova crise em mãos e a sociedade civil ser novamente chamada à mesa para comer o doloroso bolo das perdas de quem anda a brincar com o dinheiro dos outros.
Separar estado e dinheiro (acabar com a tirania monetária)
Mas muito pior do que andar a tapar bancos de instituições financeiras, é a possibilidade de a máquina estatal e demais governos utilizarem os recursos da senhoriagem para executar medidas completamente contrárias às vontades dos cidadãos e ao programa apresentado a eleições (no caso de regimes democráticos). São vários os filósofos/economistas que abordaram esta questão e chamaram a atenção sobre os perigos de o estado deter o monopólio da emissão de dinheiro numa economia, pois esse é sempre o primeiro passo para termos uma tirania em mãos. Viajando uns séculos no comboio da história até ao século XIV, Nicholas Oresme terá escrito aquele que se acredita ter sido o primeiro texto sobre questões relacionadas com a ética e a produção de dinheiro numa economia. No seu manuscrito, podemos encontrar a seguinte passagem:
“Again, if the prince has the right to make a simple alteration in the coinage and draw some profit from it, he must also have the right to make a greater alteration and draw more profit, and to do this more than once and make still more. . . . And it is probably that he or his successors would go on doing this either of their own motion or by the advice of their council as soon as this was permitted, because human nature is inclined and prone to heap up riches when it can do so with ease. And so the prince would be at length able to draw to himself almost all the money or riches of his subjects and reduce them to slavery. And this would be tyrannical, indeed true and absolute tyranny, as it is represented by philosophers and in ancient history.”
Em 1609, Juan de Mariana, padre jesuíta espanhol, escreveu as seguintes palavras no seu tratado sobre assuntos monetários, na sequência das políticas implementadas pelo rei D.Filipe II que consistiam em recolher as moedas por parte do povo, diluir o teor de metal das mesmas, recolocando as mesmas em circulação ao pagar aos seus credores e fornecedores.
“Some astute and ingenious men, in order to attend to the needs that continuously overwhelm an empire, above all when it is far-flung, came up with the idea, as a useful way to overcome difficulties, of subtracting from money a certain part of its weight, such that, even if the resultant money were adulterated, it would nevertheless maintain its previous value.” (…) “As an amount is taken from the money in terms of its weight or quality, a similar amount redounds to the benefit of the prince who mints it, which would be astonishing if it could be done without injury to his subjects.”
Como é que Satoshi resolve todos estes problemas? Como é que Bitcoin é uma escapatória para quem quer deixar se ser comandado e explorado por burocratas isentos de escrúpulos e recheados de corrupção? Como é que Bitcoin pode colocar mais skin in the game na nossa sociedade? A partir do momento em que o dinheiro que utilizamos não pode ser criado por magia a partir do nada como se fôssemos discípulos do Harry Potter, sempre que o estado quiser mais recursos para continuar guerras, salvar bancos ou dar tachos aos amigos, terá de bater à porta dos agentes produtivos da sociedade e pedir com o devido respeito (ou com violência e coerção que teoricamente não serão aceitáveis em regimes democráticos) esses mesmos recursos. É com este travão democrático que a balança de poderes se equilibra numa sociedade moderna, onde o estado trabalha efectivamente para os cidadãos, e não o oposto. Eliminar a máquina mágica do dinheiro traduz-se num muito maior controlo do poder que o estado tem sobre os seus constituintes, os cidadãos. Detendo o monopólio sobre a emissão da moeda, os governos (com o natural patrocínio de bancos centrais e restante sistema bancário), acabam por ter muito maior facilidade e flexibilidade para tomarem qualquer tipo de medidas, independentemente da vontade daqueles que se levantam todos os dias para produzir riqueza e que naturalmente carregam nos seus ombros o peso de toda a máquina do aparelho estatal.
Este é o verdadeiro milagre de Satoshi. Um novo sistema financeiro incorruptível, onde cada indivíduo é soberano e verdadeiramente dono do seu património, onde as regras são iguais para todos. Um escudo impenetrável que qualquer pessoa poderá utilizar para proteger os frutos do seu trabalho de qualquer tentativa de expropriação por parte de políticos, banqueiros ou quaisquer outros parasitas da sociedade.
Desta forma deixamos de necessitar de confiar em intermediários para transaccionar valor com qualquer pessoa no mundo. Desta forma os bancos deixam de possuir o dinheiro de todos, acabando assim com as chamadas instituições financeiras Too Big Too Fail. Desta forma, conseguimos sair da esfera de influência daqueles que querem que continuemos sobre a sua alçada, para que possam expropriar o fruto do nosso trabalho para salvar bancos e demais instituições. Desta forma, conseguimos sair da esfera de poder de todos aqueles que desejam continuar a utilizar o dinheiro como uma forma de controlo. Desta forma, ao contrário do inconsequente voto democrático, temos em mãos uma ferramenta que permite uma mudança real na sociedade. Uma revolução completamente pacífica. Rules without rulers. Sempre que migrarmos em parte para este novo sistema económico, colocando a nossa riqueza em Bitcoin, estaremos a disparar economicamente no status quo, enfraquecendo todos aqueles que continuam a beneficiar da nossa servidão neste sistema económico manifestamente injusto.
Propriedade privada sem risco de contraparte
“The root problem with conventional currency is all the trust that’s required to make it work. (…) Banks must be trusted to hold our money and transfer it electronically, but they lend it out in waves of credit bubbles with barely a fraction in reserve. We have to trust them with our privacy, trust them not to let identity thieves drain our accounts. Their massive overhead costs make micropayments impossible.”
Satoshi Nakamoto
Trust. Confiança. Os bancos estão abastados com a que os seus clientes depositaram junto deles. E estão despidos do dinheiro que os seus clientes depositaram junto deles. A bola de ar que os clientes de BES, BANIF e BPN levantaram após os escândalos que assolaram estas instituições prova-o. Abrir a caixa de pandora da explicação do milagre mágico, fraudulento e imoral de como bancos emprestam dinheiro que não têm em detalhe é demasiado complicado (terá de ficar um artigo futuro), porém há que perceber que se alguém tem a possibilidade de bloquear o “nosso” dinheiro, nem a maior das ginásticas mentais será suficiente para que afirmarmos de forma racional com a maior das convicções que esse património alguma vez poderá ser considerado nosso. Quando entregamos o nosso dinheiro no banco, estamos a emprestá-lo, não estamos a depositá-lo. Aquilo que recebemos em troca na nossa conta bancária é uma promessa de retorno desse mesmo dinheiro no futuro, promessa essa que corre o risco de não ser cumprida. Recebemos um título de dívida portanto. Um IOU. Quanto transferimos “dinheiro” para alguém, o que estamos realmente a transferir é uma dívida que um banco tem para connosco para outra pessoa.
O leitor ficaria ainda mais perplexo se lhe explicasse que o dinheiro que foi inicialmente “depositado” no banco foi gerado precisamente quando o banco concedeu um empréstimo a alguém. Praticamente toda a totalidade dos euros que “detemos” na nossa conta bancária foram precisamente criados quando alguém se endividou junto de um banco. A ideia de que os bancos pegam no dinheiro dos depósitos e emprestam-no aos vários agentes económicos é com a maior das certezas o maior mito dos tempos modernos. Quem acredita nesta história da carochinha, está mais iludido da realidade do que aquele rapazito com mais de 18 anos que ainda acredita no Pai Natal. No nosso sistema económico, dinheiro é dívida. É caso para dizer que ao contrário do que é habitualmente referido, o dinheiro nasce realmente nas árvores. O acesso a esse quintal dourado é que está reservado a bancos e governos, estando completamente blindado ao cidadão comum.
A ironia desta de toda esta situação é que o próprio dinheiro acabou por emergir devido à necessidade de desenvolver uma linguagem comum entre duas partes que não confiavam uma na outra, de modo a que estas pudessem transaccionar entre si. Diz muito sobre onde é que nos encontramos enquanto sociedade, quando o dinheiro que utilizamos diariamente é um antagónico perfeito do seu propósito inicial. Se as gerações anteriores ressuscitassem e observassem que utilizamos caracteres soltos numa base de dados controlada por instituições fora do nosso controlo, (que já terem dado mais que provas de que são merecedores dessa confiança e que têm com a maior das certezas o maior dos nossos interesses nas suas decisões) e que o valor desses mesmos caracteres depende de meia dúzia de plutocratas sem qualquer legitimidade democrática, com certeza regressariam a sete pés para a sua campa em total negação face ao que tinham acabado de assistir.
Não posso naturalmente deixar de dar também uma pequena palavra sobre o tão badalado seguro dos depósitos bancários. Em 2013, assistíamos em primeira mão à crise das dívidas soberanas. Com os maiores bancos cipriotas praticamente na bancarrota, chegou a estar em cima da mão a confiscação directa de 6.75% de todos os depósitos bancários dos cipriotas, com o carimbo de BCE, FMI e Comissão Europeia. (“apenas” os depósitos superiores a 100 mil euros acabaram por ser confiscados nesse valor de 6.75%). Depois de esta situação se ter materializado numa economia da zona Euro, como é que podemos ter garantias do que é que quer se seja? Como é que podemos conseguir confiar nestas instituições? Quanto aquilo que a história nos sussurra ao ouvido é que essa confiança é abusada de forma sistemática?
Conseguindo remover a confiança da equação do dinheiro, (quase a 100%, visto que se não auditarmos o código open-source do protocolo, teremos de confiar nas dezenas de milhares de olhos que fizeram esse trabalho por nós) e melhorando em vários aspectos as características do ouro que fizeram com que este tenha sido eleito pelo mercado como dinheiro nos últimos 5000 anos, Satoshi entregou-nos a possibilidade de pela primeira vez na história da humanidade, 8 mil milhões de pessoas garantirem o seu direito à propriedade privada, cumprindo com o artigo 17 da declaração universal dos direitos humanos. Como é que o conseguiu? Substituindo a necessidade de confiar em humanos, algo que sabemos de antemão que é passível de ser corrompido, por algo incorruptível: matemática e leis da física. Correndo um nó, qualquer pessoa consegue verificar toda a história de transacções deste que Nakamoto enviou os primeiros UTXOs a Hal Finney. Qualquer pessoa consegue verificar quantos Bitcoin existem em circulação. Qualquer pessoa consegue verificar quantos Bitcoin existirão em circulação. (alguém sabe quantos euros ou quantos dólares existem por aí já agora?)
“Se as pessoas compreendessem o nosso sistema monetário e bancário, teríamos uma revolução amanhã de manhã”.
Henry Ford
Parte 2 brevemente…