O agorismo é como a anarquia com um toque de empreendedorismo de bairro, mas sem o drama de pedir ao governo uma licença para vender bolas de berlim na praia.
É o equivalente a dizer: “Querem regras? Eu passo!”, e depois seguir a vida a vender, trocar e negociar sem sequer olhar para a papelada.
Este conceito, criado por Samuel Konkin III, é simples: é sobre viver fora do sistema, evitando impostos, licenças e todas as trafulhices inventadas por burocratas e que o Estado tanto gosta de impor.
Se o governo fosse um DJ de discoteca, o agorismo seria aquele tipo que traz a própria coluna e começa a festa noutro canto. Agora, vejamos o que isso significa na prática. Imagina que tens uma pequena barraca onde vendes comida de rua. No mundo do agorismo, em vez de esperares meses por uma licença e pagar uma fortuna em impostos, simplesmente começas a vender. Tu cozinhas, tu serves, tu fazes o lucro. Os clientes ficam felizes, e ninguém te pergunta se tens papelada. É economia no seu estado mais puro.
Outro exemplo? A troca directa. O Estado adora meter o bedelho nas transacções, mas imagina que tens um serviço para oferecer – sei lá, concertos de guitarra ou aulas de ioga. Em vez de pedires para passar o recibo, trocas directamente com outra pessoa: tu dás as aulas, ela paga em produtos ou serviços. Zero intervenção estatal, zero impostos. É claro, o governo odeia isso. Eles querem o seu quinhão, como se fossem sócios silenciosos na tua operação.
O agorismo dá-lhes o maior “não obrigado” de sempre. É um estilo de vida para quem quer viver a sério, sem ser perseguido pelo sistema. E convenhamos, o agorismo tem tudo a ver com não deixar a burocracia meter o nariz onde não é chamada. Queres saber como os agoristas lidam com as “leis”? Basicamente, eles tratam-nas como aquele sinal de “Não pise a relva” – uma sugestão, não uma regra de vida.
Se ninguém se está a magoar, porque é que precisas de um papel oficial a dizer que podes fazer o que já sabes que é certo? Então, vai e planta a tua hortinha sem pedir ao governo permissão para tirar uma licença agrícola!
O agorismo faz-te lembrar que, no final do dia, as pessoas sempre encontraram maneiras de sobreviver antes do Estado se meter em tudo. E, claro, nem todos os agoristas estão a vender limonadas ou a plantar alfaces.
Alguns lidam com criptomoedas, longe do radar do Estado. Outros podem estar a oferecer serviços digitais, como freelancers, sem se registarem. O ponto é este: a economia pode e deve existir além da mão pesada do governo.
Quem é o Estado para decidir se o teu trabalho tem valor?
O agorismo é uma grande gargalhada na cara do status quo, uma forma de subverter o sistema, não com violência, mas com inovação e, acima de tudo, com liberdade. Porque, no fundo, quando te livras das amarras do Estado, percebes que a verdadeira liberdade económica não passa por obedecer a quem te rouba.