Sim, a ideia maravilhosa de que as jogadoras de futebol deviam receber o mesmo que os homens. Uma proposta tão irracional quanto sugerir que o socialismo pode funcionar com boa gestão! Mas não se preocupem, meus caros igualitaristas: vou explicar porque esta ideia não só é impossível, como é uma afronta às leis naturais do mercado, da propriedade privada e, claro, ao bom senso.
Primeiro, vamos logo ao elefante na sala: igualdade salarial. Vamos fingir que as palavras “igualdade” e “salarial” podem coexistir sem provocar uma explosão de contradições.
O salário, num sistema de livre mercado – e sim, vou dizer esta palavra maldita de novo – livre mercado, é determinado pela produtividade. E a produtividade, no futebol, não se mede apenas pelo número de golos ou desarmes. Não, amigos, mede-se pela quantidade de dinheiro que tu geras para o teu clube. E dinheiro, ao contrário do que a esquerda imagina, não cai do céu; é um resultado directo do interesse do público, dos patrocinadores e dos contratos televisivos.
Agora, se olharmos friamente para o futebol feminino, sem as lentes cor-de-rosa da ideologia, o que vemos? O mesmo mercado. Menos audiências, menos contratos de TV, menos patrocínios, menos bilheteiras. É simples. É matemática.
Até os marxistas deviam conseguir seguir esta linha de raciocínio, embora admito que o conceito de mercado possa causar urticária. Mas e o grito “justiça!”? Ah, a velha ideia de que tudo deve ser justo, uma palavra que já perdeu o significado de tanto ser distorcida. Justiça, no contexto de um mercado livre, é pagar conforme o valor gerado.
O Cristiano Ronaldo ganha milhões não porque é mais “justo”, mas porque as pessoas estão dispostas a pagar para vê-lo a jogar. Ele gera milhões de receitas para o clube, para as marcas, para as ligas. O mesmo não se pode dizer, infelizmente, do futebol feminino – ainda.
É um mercado emergente, sim, mas sem a base de fãs nem a maquinaria de dinheiro que o masculino já tem há mais de um século. Pedir salários iguais neste contexto é, no mínimo, um convite à falência. Agora, vamos imaginar que decidimos, como bons progressistas, ignorar a realidade e impor a “igualdade” salarial no futebol por decreto. Fantástico. O que acontece? Fácil: catástrofe económica. Os clubes femininos, que já têm margens de lucro apertadas, iriam à falência. Os clubes masculinos, ao serem forçados a sustentar o peso de salários inflacionados que não correspondem ao valor de mercado, também colapsariam. Todos perdem. O que nos leva a uma velha lição libertária: quando tentas controlar o mercado, destróis valor, eficiência e, no fim das contas, o próprio bem-estar das pessoas que supostamente estás a tentar ajudar.
É por isso que os igualitaristas, na sua pressa de impor “justiça”, acabam por esquecer o mais fundamental: o livre mercado é a única estrutura onde a verdadeira justiça pode florescer. Se o futebol feminino quer alcançar os níveis salariais do masculino, não é com quotas, decretos ou exigências. É com produtividade. É com a criação de valor. É com o crescimento orgânico da base de fãs, patrocínios e audiências. Nada disto se pode forçar. E vejam, não estou aqui a dizer que as jogadoras de futebol não se esforçam. Longe disso! Treinam duro, jogam com paixão, e merecem reconhecimento. Mas uma coisa é mérito desportivo; outra coisa é mérito económico. E o mercado paga em função deste último. Ponto final.
Ah, mas os defensores da igualdade dirão: “Mas não é justo que as mulheres trabalhem tanto quanto os homens e ganhem menos!” Ao que eu respondo: não se trata de trabalho, trata-se de valor de mercado. Se fosse só uma questão de esforço, os pedreiros ganhariam mais do que os CEO’s. Mas não vivemos no mundo do esforço físico puro. Vivemos num mundo onde as preferências subjectivas dos consumidores definem o valor das coisas. E, por enquanto, o público prefere ver o Messi a dar uns toques na bola em vez de uma jogadora num campeonato feminino. Isso pode mudar, e quando mudar, os salários mudam.
E se realmente acreditas na igualdade, então, meu caro, tu próprio podes fazer algo! Investir no futebol feminino! Compra bilhetes, assina os canais que transmitem os jogos, compra camisolas. Apoia com o teu próprio dinheiro, em vez de pedir que o dinheiro de outros seja redistribuído à força. Isso é que seria uma verdadeira revolução.
Resumindo, tentar forçar a igualdade salarial no futebol, ou em qualquer outro lugar, é lutar contra as leis imutáveis do mercado, que são tão naturais quanto a gravidade. Ignora-las não faz com que desapareçam; só faz com que as consequências sejam mais duras.
Por isso, da próxima vez que ouvirem este discurso de igualdade, lembrem-se: o futebol, como a vida, é um reflexo do que as pessoas valorizam. E no mercado, o valor é pago em função daquilo que se gera, não em função de quem tu és ou de quantos hashtags consegues criar no Twitter ou X ou lá como se chama aquilo que o gajo com montes de dinheiro ganho a trazer VALOR à vida das pessoas decidiu chamar àquilo.
Agradeçam ao mercado pela clareza e às leis da economia por manterem o caos à distância.